Jogos Olimpicos de Londres 2012
Um grande espectáculo, com muita música pop.
O acender da chama olímpica em 204 pétalas de fogo culminou ao fim de
quase quatro horas a cerimónia de abertura de Londres
2012, que passou pela história do Reino Unido
num grande espectáculo. Lançada pelo lema «This is for everyone» com um
mergulho
do Tamisa, a festa teve muita cor e luz, como
todas, mas teve muito mais. Até uma homenagem ao Serviço Nacional de
Saúde britânico.
E humor, muita música pop, literatura e cinema.
Beatles, Rolling Stones, Harry Potter, James Bond. E com ele a Rainha
Isabel
II pelo ar.
Esse foi um dos momentos de
surpresa do espectáculo concebido pelo realizador Danny Boyle, o autor
do
filme «Quem quer ser bilionário?». Um filme
mostrava Daniel Craig, o ator de James Bond, a levar a Rainha do palácio
até um
helicóptero, que «apareceu» depois a sobrevoar o
estádio olímpico. Enquanto dois duplos se atiravam de pára-quedas sobre
o
estádio, Isabel II surgia na tribuna de honra,
vestida como no filme.
Tudo começou com Bradley Wiggins, recente
vencedor
do Tour, a tocar o enorme sino para lançar a
festa. Seguiu-se uma viagem pelo Reino Unido rural, depois pelo Reino
Unido industrial.
No relvado figurantes forjaram no ferro os anéis
olímpicos, que subiram em fogo aos céus de Londres.
Depois de
chegar
a Rainha, foram crianças de pijama que cantaram o
«God Save The Queen». Estava lançado o quadro de homenagem ao Great
Ormond
Street Hospital, o hospital pediátrico de
Londres, um dos mais reputados do mundo. E com ele ao Serviço Nacional
de Saúde,
cujas iniciais se iluminaram no centro do
relvado.
A seguir um momento para a literatura infantil e
fantástica, que
incluiu Valdemort e Cruela, depois Mary Poppins a
descer do céu para salvar as crianças. E a seguir a entrada nos tempos
atuais,
da televisão, do cinema e da música pop. Meia
dúzia de minutos para reforçar mais esse legado da Grã-Bretanha ao
mundo: dos
Beatles aos Rolling Stones, passando por Queen,
Sex Pistols, Eurythimics, Muse ou Amy Winehouse, para dizer apenas
alguns.
Pelo meio, ainda houve Rowan Atkinson, o Mr
Bean.
Por fim, um novo filme mostrou imagens do percurso da
tocha, até
acabar com David Beckham a conduzir uma lancha
pelo Tamisa. Seguiu-se o desfile dos países. Portugal, que participou
com três
dezenas dos 77 atletas que completam a
delegação, foi o 149º a passar pela pista, com Telma Monteiro como
porta-estandarte
e Cavaco Silva a aplaudir na bancada.
Seguiram-se
os discursos oficiais e a Rainha a declarar abertos os Jogos. Depois
foi o momento mais aguardado da noite, o acender
da chama. Estava rodeado de surpresa e frustrou todas as expectativas,
para
compor um grande momento cénico. Beckham chegou
de lancha até ao cais junto ao estádio e passou a tocha a Steve
Redgrave,
o remador britânico que foi cinco vezes campeão
olímpico e era apontado como o mais provável candidato a acender a pira.
Mas,
em vez de um nome, Londres optou por um acender
de chama coletivo. Redgrave só levou a tocha até à entrada do estádio.
Depois
passou-a a sete jovens atletas, cada um deles
escolhido por um antigo campeão olímpico britânico.
Foram esses
jovens
que se dirigiram ao centro do estádio e
acenderam sete pétalas. O fogo propagou-se pelas 204, uma por cada país
presente,
a estrutura subiu e o momento foi saudado com
fogo de artifício.
Só faltava Paul McCartney. O ex-Beatle fechou a
noite a cantar «Hey Jude», acompanhado pelos espectadores e pelos atletas.
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